segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

a dor que me sufoca...

No meu peito a dor diária transporto. Como estas me fazem sofrer!

Por minutos tem um alívio, mas estes passam a correr, quase não chega para esquecer…
Um simples gesto, um silêncio, uma palavra… traz novamente as lembranças mais tristes, que completam os meus dias e as noites frias.
Lentamente…enterra-me…se a dor fizesse ferida visível, estaria em sangue…alias, já não teria coração!
A saudade escurece-me, a tristeza, retira-me a vontade de viver, o desprezo, envolve a vontade de desaparecer.
A minha volta gira um furacão, que me leva na sua interminável força…suga-me….
Por mais que eu me tente agarrar a algo e suportar a sua força, é impossível! Nada e suficiente.
A saudade por uma criança, o desprezo dos meus pais e a falta de quem já não esta presente em mim e me faz tanta falta!
As paredes do meu mundo, parecem-se desmoronar em toda a volta, o meu coração e alma estão fracos, a cada dia que passa.
Não e nenhum conto de fadas, pelo contrario… em cada manha que me levanto, é na luta de mais um dia que o transformo e para que nunca mais seja relembrado.
Diz-se que com o tempo tudo na vida apagará como a água que cobre a areia do mar, mas eu acho que isso não passa de mais um lindo provérbio, que os nossos antepassados diziam, pois para mim cada dia me traz mais revolta, mas sofrimento e mais saudade.
A dor continua a abraçar o meu peito e a sufocar a minha alma, é a minha alimentação ontem, hoje e será a de amanha…sentada, num calhau do rio, olho para as horas, olho para tudo o que me rodeia, ouvindo o som da agua, tentando pensar em algo mais… mesmo sabendo que esta dor não sairá já mais!

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