segunda-feira, 1 de março de 2010

A viagem da vida


A vida está destinada a: nascermos, crescermos, envelhecermos e morrermos… mesmo sabendo que na realidade á muitos que nascem e que por vezes nem tem tempo de crescer, muito menos envelhecer.
A comparo a vida a um comboio! A nossa viagem será repleta de embarques e desembarques, salpicado por acidentes, surpresas agradáveis e desagradáveis, em zonas mais húmidas o comboio reduz a velocidade, nas mais calmas passa rápido de mais, sonhos, fantasias, esperas e despedidas teremos de ultrapassar.
Ao longo do caminho encontraremos vários tipos de pessoas, umas que nos acompanharam sempre ao longo desta viagem (nossos pais), embora algum dia iram ficar em alguma estação, deixando-nos órfãos do carinho, amor, amizade e a companhia que ninguém substituirá, tal como nós filhos poderemos tomar a decisão de deixar aquela carruagem e partir para outra, ou sermos obrigados a sair na estação que nos espera antes deles, mas nunca os esquecendo.
Apresar disso, nada impedirá de encontrarmos outras pessoas nessa carruagem, que se tornarão especiais do nosso coração, deixando uma marca, quando ao fim da sua estação chegada, ou na possível decisão de mudança de carruagem.
Tal como os pássaros. Enquanto temos umas migalhas de pão na palma da nossa mão eles ficam, mas quando esta já está vazia, eles vão procurar em outro lugar o que nós não lhe podemos dar…abandonando-nos.
Outras assim que entraram nesta carruagem só tiveram tristezas, perdendo tudo, sobrando simplesmente a viagem até a estação que lhe é destinada.
Alguns também abandonam a nossa carruagem, passando para outra em pezinhos de lã, não avisando, nem dando um aviso prévio.
A cada passo que damos durante a nossa curta ou longa viagem, podemos conhecer pessoas que também a ocupam, mas só teremos hipótese de conhecer as que tem algo para nos dar, ou ensinar, tal como o destino nos prepara.
O que nos resta e tentar fazer esta viagem da melhor maneira possível… tentando relacionarmo-nos bem com todos os passageiros, procurando em cada um o melhor. Tendo sempre em mente que ao longo deste trajecto eles puderam sair de repente.
O grande mistério desta viagem é nunca sabermos a hora, o dia, a estação que iremos sair, nem onde os nossos amigos ficarão. Saíram primeiro que eu? Ou sairei eu entes deles?
Se um dia tiver filhos, espero que a minha estação seja primeiro que a deles, e que a viagem deles seja prolongada e repleta de paisagens, sonhos, fantasias e aprendizagens, ficando sempre na esperança de um dia os ver chegar de bagagens na mão, aquelas que não tinham quando comigo embarcaram, é sinal que me poderei mentalizar que colaborei para que a bagagem deles crescesse, tal como os ajudei a evoluir a eles, á sua sabedoria e inteligência.
Esforçar-me-ei para que no momento que desembarcar, aquele lugar que deixei vazio, traga a saudade aos que ainda continuam a sua viagem.
“ A Viagem da Vida”, não é uma forma de conquistar a felicidade, mas de reconhecer que ela já está dentro de nós. Desde sempre!
A verdade é que raramente sabemos reconhecê-la, talvez porque procuramos uma prova do nosso valor. Valor esse, fora de nós, tanto socialmente, como no afecto incondicional das pessoas que nos são mais próximas.
Durante esta nossa, tão, curta viagem, não aprendemos a evitar as dificuldades, mas a dar-lhes sentido e luz, estando cientes de que tanto os aspectos positivos como negativos da vida são como a matemática, para conhecer verdades mais profundas sobre nós próprios, terá de haver regras, lógica e teremos de aprender a pôr em prática.
“ Nos sofrimentos, nas trevas
que envolvem o coração e a mente,
esconde-se o sentido da vida.
E quanto mais negra for a tua noite,
tanto mais serás, ao romper da aurora, fonte de vida.”
A vida é uma viagem no espaço e no tempo. Mas com o tempo, a viagem tende a abrandar e então viajar torna-se uma fuga à realidade do dia-a-dia. Uma fuga e uma encenação. Como o actor que veste no palco as mais diversas personagens, também o viajante ao chegar ao lugar onde ninguém o conhece pode assumir o papel que preferir: nómada, aventureiro, foragido, boémio nocturno ou mero coleccionador de imagens... mas passado de algum tempo será descoberto, a realidade que está por trás da personagem.
"“A Felicidade está nos pequenos detalhes da vida no abraço de um amigo, no beijo de um ente querido, no sol que aquece a pele, na água chuveiro depois de um dia de fadiga e muitos passam a vida inteira correndo atrás da verdadeira felicidade”

Lembra-te que esta viagem tem de ser simplesmente vivida!

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